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Sobre Divergente, Jogos Vorazes e a fascinação pelas distopias

O universo dos livros distópicos é absolutamente fascinante.

Quando o ConversaCult escreveu uma resenha para o D13 sobre Divergent, eu terminei de ler o texto e corri para a livraria, para comprar os dois livros em inglês. Foi uma daquelas boas surpresas, uma trilogia com um baita potencial e bem escrita.

Então a Editora Rocco fez a gentileza de nos enviar a prova da edição nacional de Divergent para que escrevêssemos a nossa própria resenha. E aí eu estou há quase um mês tentando escrever um texto bacana mostrando o que há de tão atraente nos livros distópicos, e por que Divergente tem tudo para estourar da mesma forma que Jogos Vorazes.

Acho que finalmente consegui escrever o que eu queria, e, se vocês me permitem, vou compartilhar um pouco da minha visão sobre o livro com vocês.

“Há decadas, nossos antepassados perceberam que a culpa por um mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal, seja qual for a sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo.

Os que culparam a agressividade, formaram a Amizade. Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação. E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia.”

O trecho acima explica a ideia geral do livro e traz uma visão interessantíssima a respeito da sociedade em que vivemos e de até que ponto a liberdade de expressão existe.

Divergente aborda uma série de questões que permeiam a cabeça dos adolescentes, público-alvo da trilogia. Quem somos nós na sociedade? O que podemos adicionar de novo ou de diferente que outras pessoas não possam? E por que precisamos decidir um rumo para as nossas vidas tão cedo?

Aquela história de “sair do ninho” é levada aos extremos aqui. Quando os jovens completam 16 anos, devem escolher se ficarão na facção em que nasceram ou se juntarão a outro grupo. O problema: as facções dificilmente interagem entre si, e pouco se sabe sobre os hábitos e a vida que se leva nos outros lugares. E, ainda assim, eles precisam decidir: viver para sempre do mesmo jeito ou tentar algo novo?

Por se tratar de uma série norte-americana, é fácil assimilar a história ao contexto de lá: você completa o ensino médio, escolhe uma universidade e se muda para o campus ou aluga um quarto ali por perto e sai da casa dos seus pais. No Brasil, as coisas são um pouco diferentes, mas não menos impactantes na vida dos jovens. Ter que escolher aos 17/18 anos o rumo que iremos tomar na vida pode ser algo bem assustador.

E, de certa forma, acho que é por isso que os livros distópicos fazem tanto sucesso. Suzanne Collins adaptou alguns mitos conhecidos – o mito da caverna, Teseu e o Minotauro… – para um contexto atual, e Veronica Roth pegou os grandes temores da nossa juventude para criar uma nova história.

Não vou ficar entrando em detalhes da história, até porque resenhas desse tipo sobre Divergente podem ser encontradas aos montes pela internet – inclusive na resenha que já foi postada aqui no D13. O que eu gosto mesmo é de tentar compreender os elementos que fazem a gente se identificar tanto com o livro, e como ele se relaciona com Jogos Vorazes.

Na verdade, enxergo os dois livros como complementares, de certa forma. Jogos Vorazes traz questionamentos sobre os rumos que a sociedade tomou, e Divergente fala sobre como as pessoas se encaixam dentro dessa sociedade.

Katniss quer, principalmente, manter sua irmã a salvo, aceitando, inclusive, ir parar em um reality show que provavelmente determinará a sua morte. Já Tris – a protagonista de Divergente – se questiona a todo tempo, “Será que sou boa o suficiente? Será que estou no lugar certo?”

A grande questão de Divergente é justamente… o que é ser um “divergente”? Por que ser diferente é algo tão perigoso? E esse é o charme do livro: aprendemos, junto a Tris, a aceitar quem somos e a  lutar pelo que acreditamos. E, no fim das contas, não é essa também a grande motivação de Jogos Vorazes?

Divergente já está à venda nas livrarias de todo o Brasil. Sua continuação, Insurgent, foi publicada nos Estados Unidos neste ano e ainda não possui previsão de lançamento por aqui. O terceiro e último livro da série deverá ser publicado no ano que vem.

25 de setembro de 2012 às 17:00
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Comentários
  1. Maeva disse:

    Eu tive uma dificuldade imensa em escrever minha resenha de Insurgent lá no Murphy’s Library porque eu não conseguia colocar em palavras o quão foda eu achei o livro. Achei que Divergent falhou em alguns pontos, mas mesmo assim foi uma das minhas leituras favoritas do ano passado. Insurgent, definitivamente, me fez virar fangirl da Veronica–que é HILÁRIA e super atenciosa pessoalmente. Ela já escreveu o final da trilogia, mas disse que ainda tem chão pra concluir o terceiro livro. Aí quando penso que ela é mais nova do que eu e já é NY Times bestseller author, morro de vergonha da minha preguiça em escrever nos dias de hoje…

    • Mariana disse:

      Engraçado, também senti alguns problemas em Divergent, mas me empolguei horrores em Insurgent. A impressão que tive é que ela pegou a história e escreveu de uma vez só, e meio que dividiu pelo tamanho o que seria o primeiro e o que seria o segundo livro. O terceiro ato de Divergent é corrido demais, parece meio jogado para justificar a continuação. Fica parecendo que tudo aquilo era coisa do segundo livro, mas que no fim ela resolveu jogar no primeiro mesmo.

      E preciso admitir que estou SUPER ansiosa para “Detergent” hahahha E poxa, deve ser muito legal ter a oportunidade de conhecer os autores assim pessoalmente.

      Muito obrigada pelo comentário =]

      • Maeva disse:

        Ela não escreve na ordem, no evento que eu fui ela disse que tinha acabado de escrever o fim do 3o livro, que tinha algo no meio, mas que ainda não tinha ligado o que tinha do meio com o final, e que definitivamente não tinha NADA do começo. Ao saber disso fez sentido Divergent ser corrido pra kct no final, porque COM CERTEZA foi escrito fora de ordem hehe

        O que é o final de Insurgent? Fiquei mega cadê o resto? quando li. Muita maldade dela!

        Eu tive que me segurar pra não dar uma de total fangirl pra cima dela, só falei que adoro os livros e que finalmente Divergente chegou no Brasil. Ela me disse “finalmente, estão me falando que está pra sair tem um tempão!” e eu só falei “pois é, me falaram também!” huahua

  2. Gi disse:

    Eu li quando lançou em inglês, até porque gosto de ler no idioma original. Concordo que o final ficou apressado, jogado no fim do livro só para poder continuar depois. Mas o resto é muito bom! E que venha o Detergent!

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