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O diretor

Writers Guild of America divulga entrevista com Gary Ross

Em uma nova entrevistas para o Writers Guild of America, o diretor e roteirista Gary Ross fala sobre sobre o roteiro de Jogos Vorazes, adaptação cinematográfica da obra homônima escrita por Suzanne Collins, que co-roteirizou o filme.

Confira abaixo a entrevista traduzida pelo D13:

Suzanne Collins mencionou que seu roteiro realmente acertou em cheio no arco emocional, particularmente entre Katniss e Peeta de uma fora que não havia sido capturada nos rascunhos anteriores. Como você acertou no centro emocional?
Eu escrevi meu próprio rascunho que era muito fiel ao livro. Depois disso, Suzanne o leu, gostou muito, fez alguns comentários e veio me visitar na Califórnia. Começamos a conversar mesmo que ainda não estivéssemos trabalhando juntos, e essa conversa foi tão elétrica e espontânea que dentro de mais ou menos uma hora estávamos trabalhando juntos.
Para mim a história era o arco de alguém que não confia em ninguém e que aprende a confiar. Katniss se tornou o mais invulnerável possível, meio que se isolou do mundo, mas ela é alguém que aprende a confiar, desenvolve um senso de empatia, e aprende a se importar. A grande ironia da história é que isso a deixa mais forte do que fraca. Essa era uma ideia muito interessante para mim. Eu vi toda a desconfiança de Peeta como um aspecto realmente interessante do livro. Aqui estava alguém que é muito sincero, aberto, completamente apaixonado por ela e de quem ela desconfia. Isso também é algo que ressoa fora dos Jogos Vorazes que é bem interessante.

Obviamente um arco emocional sempre é crucial para o drama, mas você acha que é ainda mais crucial com um material como esse que é várias coisas ao mesmo tempo – um filme de ação, um drama familiar, uma história de crescimento?
O centro emocional de um filme sempre é o mais importante. Não acho que seja particular a essa história. Eu acho que deixa uma história como essa muito mais ressoante, mais rica e uma experiência muito maior quando tem algo forte lá dentro e que tem uma raiz emocional forte. Uma das coisas que me atraiu para esse filme, tanto como escritor quanto diretor, foi que era ao mesmo tempo uma peça fenomenal de personagem. Sim, tem um quadro imenso desse espetáculo horroroso feito pela Capital, mas também é uma grande história pessoal, e é uma peça de atuação.
Quando se pode fazer um filme com esse grande cenário mas ter uma raiz forte e emocional, você tem sorte.

Você acha que há alguns temas que refletem na nossa época?
Há muitas coisas. Esse livro tem muito em sua mente. Toda a ideia que o entretenimento pode ser usado como controle político é fascinante. Que o entretenimento evoluiu para esse espetáculo horroroso é realmente interessante. Nós criamos nossa versão da Arena, resumindo. Suzanne pode extrapolar nessas coisas e perceber o quão ressoantes elas são.
Também há algo mais profundo acontecendo aqui, que é o porquê de atrair tanto os adolescentes, que é quanto você pode confiar? Quão vulnerável você pode ser? Você se abrir te deixa mais fraco ou mais forte?
Essa é a jornada de Katniss. Ela no fim leva a auto-sacrifício e descoberta de sua própria humanidade e sua própria ética. Ela atinge uma linha ética que ela não vai cruzar e isso torna a peça ressoante.

Você acha que é particularmente ressoante ou necessário para essa geração de adolescentes?
Eu não ser se há um déficit moral, eu mesmo tenho filhos adolescentes, mas as ideias expressas em Jogos Vorazes sobre como preservar sua humanidade face a uma sociedade brutal são bem brilhantes e ressoantes.

Antes de JV, você não tinha tido uma parceira de escrita desde Anne Spielberg em Quero Ser Grande, está certo?
Anne e eu nos divertimos muito trabalhando em Quero Ser grande. Essa foi uma experiência muito mas rápida porque eu escrevi o primeiro rascunho sozinho e aí Suzanne veio e o aperfeiçoou comigo. Mas só de estar em uma sala com alguém outra vez e ter uma grande escritora com quem trocar ideias, compartilhar e conversar, foi realmente muito divertido. Experimentar a metodologia de outras pessoas foi maravilhoso.

Então foi animador depois de todos esses anos?
Sim, eu escrevi muitos roteiros solitários desde Quero Ser Grande – Dave, Alma de Herói, Pleasantville, Despereaux… Havia muito tempo para passar sozinho na sala. Estar com alguém foi maravilhoso. E, é claro, com Suzanne, essa é a criação dela. Esse é o mundo dela. Ela tem muito na ponta dos dedos – ela acumula todo esse conhecimento.
Suzanne também é maravilhosa por não apenas poder traduzir isso para outra mídia e não ser conservadora como que está escrito na página, mas por encontrar ânimo no processo de adaptação. Nós nos divertimos muito juntos.

Fazer esboços ou não é um assunto muito debatido entre os roteiristas. Você considera o processo de fazer um rascunho o lugar onde a descoberta acontece, mas estou curioso se você já descobriu coisas depois.
Sim, descubro coisas em todas as fases do processo. Agora eu considero a filmagem e a edição do filme como uma extensão da escrita. Você nunca para de escrever. Você nunca para de descobrir o filme. Você precisa ser paciente o suficiente para deixar o filme falar com você e ouvi-lo, não tentar congelá-lo em sua primeira versão ou tentar defendê-la. É uma coisa viva, e vai continuar mudando e falando com você e você precisa ouvir.

Tendo dito isso, eu acredito que o primeiro passo deve ser um esboço. Você não construiria uma casa sem as plantas. Não significa que seja uma parte menos criativa do processo. Pode ser uma parte mais criativa do processo e, na minha cabeça, a parte mais criativa do processo é quando são tomadas as maiores decisões. No fim do filme, você está na correção de cor. Você afeta cada minuto.
No começo do filme há tantas grandes ideias conceituais em jogo sobre como abordar o material. Pode ser um período muito empolgante se você não ficar tenso e pensar, Oooh, qual é o meu esboço? Qual é a minha história? Como se fosse um documento clínico. Se você o deixar tomar sua vida, e você estiver aberto ao mesmo tipo de descoberta que a maioria das pessoas acha que acontece no roteiro, isso pode ser maravilhoso e empolgante.

Então, para você, esboçar é um período criativamente explosivo?
Tremendamente criativo. Primeiro de tudo, você não está preso a uma estrutura linear. Você não está preso a nenhuma parte do trilho. Você pode pular por todo o cenário. Ele também ainda não foi formado. As decisões estão todas no ar, então os horizontes são maiores. Há mais que você pode fazer com isso do que quando se está preso ao processo de escrita. Por definição, é mais criativo se você estiver aberto às possibilidades.

4 de abril de 2012 às 22:30
3
Comentários
  1. João Reis disse:

    Grande diretor! Criativo, paciente. É como desenhar, começa no esboço e aos poucos aperfeiçoando! Até que se torna uma grande obra. Parabéns pela tradução, D13. Gary com certeza deve ficar na direção da trilogia.

  2. Fabiana disse:

    sim sim concordo com o João ele deve ficar, como havia dito em outro comentário só tem que para um poco de tremer a câmera mas isso não importa aliais nem dá pra perceber muito.

  3. João Reis disse:

    Filmes de ação de hoje em dia, costumam acompanha a porradaria. Por isso que treme bastante. É aquela tremedeira, de você ficar tonto, quando você percebe, no filme os personagens estão em um lugar completamente diferente! Digamos que possa ser mais estingante do que câmera distante e vendo duas pessoas lutarem.

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