Distrito 13

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A Capital e o Distrito 13: uma batalha pelo poder

Atenção: o texto a seguir contém spoilers de A Esperança, o último livro da trilogia Jogos Vorazes.

Nesse mês de março, principalmente, estamos todos esperando com máxima ansiedade pela estreia do filme, mas vamos fugir desse campo por um instante, e vamos até lá o clímax de A Esperança, àquela última conversa de Katniss com Snow. Hoje vou tratar de um assunto bem delicado e bastante discutido entre os fãs de Jogos Vorazes, a guerra. Em todos os significados para a história. O monopólio da Capital, o controle absoluto do Presidente Snow, os Rebeldes, Coin e os verdadeiros propósitos do Distrito 13.

É de saber geral que a comandante do Distrito 13, Alma Coin, teve um plano de mestre para tomar conta de Panem, manipulando todos, inimigos e aliados, para que atingisse seu objetivo. Tendo a seu lado os Rebeldes, que inicialmente se davam pelos Distritos 13 e 12, e mais tarde quase todos os outros, ela executou esse plano com êxito ao nomear a não-tão-querida Garota em Chamas para ser o Tordo. Katniss, foco da história, caiu de paraquedas no meio da trama desenvolvida para não apenas derrubar Snow, mas tomar seu poder.

Com a pressão dos Rebeldes (logo, da própria Coin), a jovem se tornou o símbolo da revolução, se é que já não era desde o episódio das amoras, e passou a ser o principal alvo do inimigo, a Capital. Passados os eventos do terceiro livro, no ápice da batalha que sitiou a mansão do presidente, Katniss se faz presente no exato momento em que um aerodeslizador com o emblema da Capital bombardeia os Rebeldes que invadem o lugar, e levam sua irmã para o mundo dos mortos.

– A minha falha – diz Snow -, foi ter sido lento demais em entender o plano de Coin. Deixar que a Capital e os distritos destruíssem uns aos outros e depois avançar para tomar o poder com o 13 praticamente sem nenhum arranhão. Não se engane, desde o início ela tinha a intenção de tomar meu lugar. […] Mas eu não estava acompanhando os movimentos de Coin. Eu estava acompanhando os seus, Tordo,. Temo que nós dois tenhamos sido feitos de bobos. (p. 385)

Na cena em que essa fala se dá, Katniss está abalada pela morte de sua irmã, que custou tanto proteger, e encontra-se com o homem que mais odeia para um último encontro antes de, por fim, matá-lo. O plano tão eficiente da Presidenta Coin foi arquitetado para que, quando todos pensassem que os paraquedas que bombardearam o Círculo da Capital, Snow caísse, culpado.

– Entretanto, devo admitir que Coin executou um movimento de mestre. A ideia de que eu estava bombardeando nossas próprias crianças indefesas pôs por terra instantaneamente qualquer fidelidade que meu povo ainda pudesse ter em relação a mim. (p. 383)

Mas vamos parar de relatar os fatos, e analisá-los. Ficou claro para Katniss, e para todos os leitores, que mesmo tendo lutado tanto contra o domínio de Snow, os habitantes de Panem se encontraram sob o controle de uma nova tirana, Coin, que usou de todos os seus artifícios (até mesmo brincando com sentimentos de pessoas ao seu redor) para chegar ao poder. Sabemos que Snow chegou à presidência matando, trapaceando, envenenando, mas isso tudo é realmente muito pior do que o jogo de Coin? Sabemos que não acontecem Jogos Vorazes no terceiro livro, mas estamos numa arena, não estamos? Desta vez Snow foi um jogador, e Coin, a controladora por trás de tudo, usando de Plutarch, Beetee e até Gale como Idealizadores dos Jogos.

Se Katniss não houvesse conversado com Snow, se não houvesse percebido a crueldade da Presidenta, teria ela acertado o homem que mais odiava e ido para casa, deixando que Coin se tornasse uma repetição de seu antecessor? Então toda a luta dos Rebeldes teria se resumido a nada. A verdadeira cobra pacificaria Panem por um tempo, ajudaria a reconstruir os Distritos, e depois? Quando o país se estabilizasse novamente, teria o direito de cobrar por sua ajuda e suporte, poderia cobrar dinheiro, favores, e, quem sabe um dia, até crianças?

O poder é algo delicado e sutil, extremamente subjetivo. Cabe a cada um de nós julgarmos, e construir nossas opiniões encima disso tudo, mas o notável, é o modo com que Suzanne Collins nos trouxe essa perspectiva, através do entretenimento de uma série de livros. Há por aí crianças de nove, dez anos lendo estes livros que não significam nada mais do que isso, livros, e podendo significar, porém, a construção da mente dessa criança. O universo de Jogos Vorazes não poderia ser mais fictício, ao mesmo tempo que não poderia ser mais real.

2 de março de 2012 às 21:00
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Comentários
  1. Gustavo disse:

    Muito boa essa matéria!
    Mas fugindo um pouco do foco, enquanto eu lia a matéria eu fiquei pensando numa atriz para interpretar a Coin, pessoal, quem vcs acham que seria perfeita para o papel???

    Eu acho que a Meryl Streep ficaria perfeita kkk exelente atriz mais que competente para interpretar Coin e sei lá, quando li o livro, eu imaginava a Coin com a aparencia dela, tipo uma “Margaret Thatcher” bem mais do mal.

    • Dony disse:

      Quando eu lia o livro sempre imaginei Coin como Judi Dench, a M de 007. Torço pra que ela fique com o papel.

    • Allan Euzébio disse:

      Meryl ou Judy, ambas ficariam excelentes no papel. Mas confesso que quando a Katniss a descreveu pela primeira vez eu pensei na Jennifer Coolidge (de American Pie e A Nova Cinderela) kldhsdkjhdf

  2. Mateus disse:

    Se garantiram na matéria! Parabéns mesmo! 🙂

  3. Daniel disse:

    Parabéns pela matéria!
    “…O poder é algo delicado e sutil, extremamente subjetivo. Cabe a cada um de nós julgarmos, e construir nossas opiniões encima disso tudo, mas o notável, é o modo com que Suzanne Collins nos trouxe essa perspectiva, através do entretenimento de uma série de livros…”
    Perfeito.

  4. Richie disse:

    WHOA! Que matéria incrível!
    Realmente interessante, A Esperança sempre nos fará discutir sobre os dilemas do livro, é um livro que não acaba depois que termina pois sempre levaremos conosco.

    “O universo de Jogos Vorazes não poderia ser mais fictício, ao mesmo tempo que não poderia ser mais real.”

  5. Ágatha Christine disse:

    Uma coisa é certa…se não fosse por Snow, Katniss não teria aberto os olhos para ver em que caminho as coisas estavam indo. Saindo daquele momento entre os ”agredidos” do Capitol, para serem os “agressores” de modo geral. Adorei a matéria, por isso que gosto tanto de Jogos Vorazes, porque ele é um livro que você consegue sempre aprender a interpreta-lo, e sempre alguma coisa nova aparece para se ter uma nova reflexão.

  6. Talita disse:

    Quando terminei o livro, me senti como se tivesse sido atropelada por um onibus. O ponto chave do romance de Collins é tão cheio de criticas ao sistema que nos rodea, que chega a tirar o ar. Ela cutuca literalmete a firida e expoe, de forma alegorica, em jogos vorazes um futuro proximo. O nosso presente é lindamente trabalhado por Collins, e chegamos ao questionamento que nós nos devemos fazer: somos os habitantes da Capital ou dos Distritos?

  7. Allan Euzébio disse:

    Valeu pessoal! Também gostei muito da matéria, desde que entrei pra equipe do site eu tava pensando em escrever algo assim. Desde que li o primeiro livro eu me encantei com a história, mas só quando terminei de ler Mockingjay que me toquei o quão ótima ela realmente é! Amei aquela sensação de dúvida que nos faz questionar se a Capital é realmente o vilão, ou se eles eram só os moderadores (um pouco duros demais) da paz. Afinal, os Jogos eram o preço que os Distritos pagavam para manter a paz, não era? Nossa, quando toco nesses assuntos eu viajo muito aklhdkljd, enfim, que bom que gostaram 🙂

  8. Dony disse:

    Texto profundo! Excelente matéria!

  9. Caroline Silva disse:

    “O universo de Jogos Vorazes não poderia ser mais fictício, ao mesmo tempo que não poderia ser mais real.”
    Disse tudo.

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