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Jogos Vorazes e V de Vingança: duas partes de um mesmo universo?

Num futuro não tão distante de nós, a Inglaterra sofre com a guerra e ataques biológicos. Estações de tratamento de água são contaminadas, crianças de uma escola são infectadas e morrem por falta de cura, a doença se espalha pelo país, e a esperança parece não existir. Com a eleição de Adam Sutler como Primeiro-Ministro, milagrosamente, a cura para a doença que afligia a população é descoberta. O alívio do povo inglês é tão grande que, como agradecimento, concede mais poder político à Sutler, agora Alto Chanceler. Ele utiliza de sua nova posição para oprimir a população em nome da ordem e da paz.

No último sábado, 5 de novembro, os fãs de V de Vingança tiraram um momento para assistir ao filme novamente em comemoração à simbologia que a Noite de Guy Fawkes, que aconteceu em 5 de Novembro de 1605, tem na história. Guy Fawkes foi, dentro da Conspiração da Pólvora, o responsável por explodir as Casas do Parlamento inglês, durante uma sessão em que o rei Jaime I e todos os parlamentares estariam presentes.

Vocês podem estar imaginando: tá, legal, valeu pela aula de história, mas o que isso tem a ver com Jogos Vorazes?

Pois bem. Enquanto eu estava na tranqüilidade da minha casa assistindo a V de Vingança pela milionésima vez, de repente me veio uma sensação de que já tinha visto aquela situação em outro lugar. Imediatamente, me lembrei de Jogos Vorazes. A forma de dominação que a Inglaterra sofre no filme é muito parecida com aquela que os Distritos de Panem sofrem pela Capital. Até a figura do Alto Chanceler Sutler lembra o Presidente Snow. Não pela aparência física ou personalidade, mas pela autoridade, manipulação e crueldade. Até a desculpa pela opressão é a mesma: Dê-me poder, e eu vou manter a ordem.

Mas não foi exatamente por isso que V de Vingança me lembrou Jogos Vorazes.

Se há um mistério não explorado e explicado na trilogia dos livros, é a situação do resto do mundo. Suzanne Collins nunca nos disse o que houve com os outros países. Durante a leitura, e até boa parte do 3º livro, cheguei a duvidar que alguém fora da Capital sequer soubesse que já existiram outros países no mundo. É só no momento que Plutarch fala sobre a origem do nome “Panem” que vemos um personagem citar outra nação, no caso, o Império Romano (extinto há séculos, mas ainda assim já é alguma coisa). Sabemos que os Estados Unidos foram assolados por desastres naturais, guerras e fome, e acho seguro dizer que o resto do mundo devia estar na mesma situação. Só o aquecimento global sozinho já daria bastante trabalho pro mundo todo.

Existem vários debates na internet sobre a situação do mundo no universo de Jogos Vorazes. Os principais pontos de discussão são:

  • Os países foram todos destruídos?
  • Se os outros países não foram destruídos, por que Suzanne nunca os mencionou?
  • E se eles estão lá, sabem o que acontece em Panem?
  • Por que nunca se pronunciaram contra (ou a favor) dos Jogos Vorazes?
  • Existe comunicação entre os países sobreviventes?

Alguns defendem que ainda existam outras nações, mas elas estão muito ocupadas tentando sobreviver aos desastres do que prestando atenção no que acontece nos EUA. Muita gente diz que só aquela parte dos EUA (que mais tarde se tornaria Panem) sobreviveu.

Agora sim, vamos juntar Jogos Vorazes e V de Vingança.

Já disse que me lembrei do livro enquanto via o filme, e foi justamente por causa dessa discussão sobre o destino dos outros países. Em uma cena logo no começo do filme, o personagem de Roger Allam, Lewis Prothero, diz que os EUA estão no meio de uma guerra civil. Se me lembro bem, na história de Panem contada durante a Colheita (livro 1), o prefeito Undersee diz que logo após os desastres naturais, as pessoas começaram a lutar por comida, sobrevivência, e tudo mais. Ou seja, guerra civil. Eu pensei: Oh, até parece que os dois (filme e livro) acontecem ao mesmo momento!

Tecnicamente, eles não poderiam ter ocorrido no mesmo momento, já que o filme se passa por volta do ano 2050 e o livro se passa em torno do ano 2300. Mas e se tivessem?

Eu faço parte do grupo que defende a teoria que nem todos os países foram completamente destruídos, e, se um desses países restantes fosse a Inglaterra, ela seria exatamente como aparece em V de Vingança. Um sistema autoritário não iria interferir no outro, portanto, o Alto Chanceler Sutler não iria se importar com os Jogos Vorazes promovidos pelo Presidente Snow. Se existe comunicação entre os dois países, com certeza os altos escalões de seus governos iriam canalizar toda a conversa para somente os grupos de elite. O resto da população não precisaria saber o que se passa do outro lado do continente. No caso dos habitantes de Panem, não iam nem precisar saber que existe outro continente.

Particularmente, não acredito que a Suzanne escreveria os EUA como o único sobrevivente. Isso parece meio egoísmo, não? Há países com tecnologia e preparo bem maior que eles pra superar catástrofes. Realmente acho que ela só não falou dos outros porque não ia interessar pra história. Panem já era problema o suficiente.

De qualquer forma, é interessante ver as semelhanças do livro e do filme, e como se encaixam na história um do outro. Duas obras que valem a pena serem lidas e assistidas. Talvez o provável sucesso do filme Jogos Vorazes marque uma data importante, em que os fãs irão anualmente assisti-lo, assim como o 5 de Novembro é importante para os fãs de V de Vingança.

7 de novembro de 2011 às 19:00
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Comentários
  1. Mariana disse:

    Adorei o artigo, Raquel!

    De fato, as semelhanças entre as duas obras são bem consideráveis, e enxergar a Panem de THG como um país que está do lado da Inglaterra de V é sensacional. Essa ausência de um contexto sobre o que aconteceu com o resto do mundo é uma das coisas que mais gera curiosidade entre os fãs de Jogos Vorazes, ou ao menos pra mim. Se a sociedade norte-americana chegou a tal ponto em que jogar suas crianças numa arena até a morte é considerada a maior diversão possível, o que teria acontecido com o resto do mundo?!

    Enfim. Ótima reflexão e adorei os pontos levantados!

  2. Gabi Graciosa disse:

    Que boa análise! õ/ Matem-me, mas nunca assisti a V de Vingança, mas agora fiquei curiosa para assistir e “comparar” a trilogia! 😀

  3. Nathália disse:

    Wow! Não tinha pensado nisso :O Genial. Também acho que, se Panem conseguiu entrar em contato com outras nações, eles não deixariam a população saber disso, seriam outras dezenas de distritos 13 brilhando para os submetidos ao regime do Snow. Mas também pode ser que Panem ignore a existência de outras nações, porque já tem seus próprios problemas? Não sei, eu entendi porque a Suzanne não tocou nesse assunto, mas espero que algum dia ela fale sobre isso.

  4. Mariana Toledo disse:

    nunca vi V de Vingança também QQ mas pretendo, a matéria despertou minha curiosidade!

  5. Daniela disse:

    Ficou muito interessante, e também vou procurar ver o filme. c:

  6. Ana disse:

    Nunca pensei nisso, mas logo depois de ler o artigo eu fui rever V de Vingança. Acho que nunca vou ver o filme de novo sem pensar que do outro lado do mundo existe Panem.

    É estranho não falarem de outros países, mas é até justificavel: Afinal o mundo já não era globalizado. Mas seria legal se houvesse alguma forma de contato entre eles, ou pelo menos saber se eles estavam lá.

    (esse assunto é tão legal que merecia um livro só pra aborda-lo)

  7. tamis disse:

    Eu penso que mesmo se houvessem outras regiões habitadas, o governo de Panem não informaria seus habitantes, para eles não fugirem. Obviamente. E o mesmo deve acontecer com esses lugares que sobraram.
    Já pensou que louco, Panem, Nova Perfeição, e a Inglaterra de V num mesmo filme?
    OK, exagerei.

    • Tainá disse:

      É, exagerou! Mas quando li THG também me lembrou bastando Feios, às vezes eu até chamava a Katniss de Tally, porque as duas são idiotas e tal.
      Na questão do governo, é bem parecido mesmo, essa coisa de obrigar as pessoas a fazerem as coisas, é horrível!

      “Se os outros países não foram destruídos, por que Suzanne nunca os mencionou?” Nessa questão eu penso que é porque o governo não ensina muita coisa na escola, e o povo não tem acesso a informação, então a gente não sabe sobre, porque a Katniss não sabe nada sobre as outras nações. Ela narra a história, a gente só pode saber o que ela sabe!

  8. Liz disse:

    Adorei o post, nunca assisti V de Vingança, mas agora fiquei com vontade =)
    Acredito q existem outros países além de Panem e que eles se comunicam,. mas q eles não interferem nas decisões uns dos outros, como a realização dos Jogos Vorazes. Acho q depois de todas as catástrofes os países restantes se situam bem longe uns dos outros e cada um acaba tendo seus próprios problemas pra resolver, por isso a globalização não seria tão forte como atualmente.

  9. ariella disse:

    nunca vi v de vingança, mas vou ver, esse filme é novo ou mais antigo?

  10. Dana disse:

    eu adoro V de Vingança, mas fazia tanto tempo que eu não vejo nada que não teria nem como ter feito a relação. HUAH

    Volta e meia eu me pergunto o que teria acontecido com o resto do mundo e por que eles não tentavam ir simplesmente além. Pega um barco e vai embora (?)
    Acho que o mundo seria mais ou menos assim também, com lugares como no V de Vingança. Também acho que sobrariam pessoas em vários lugares, sobrevivendo como podem. E o governo de Panem provavelmente saberia… elees têm muita tecnologia pra não ter tentado ver o que tem além.
    Só que eu acho que a Suzanne não decidiu nada, ela pode ter até imaginado e pensado como poderia ser como a gente, mas não chegou a definir algo exatamente. Até porque não precisa e poderia ficar até meio falso, então acaba sendo melhor deixar pra imaginação.

  11. Aline Oellers disse:

    Ótimo artigo, Raquel! Kudos! Acho que as duas histórias têm tudo a ver uma com a outra. Porém, sou daquelas que acha que Panem é o único país sobrevivente no mundo. É muita tentação pro Snow poder anexar o Canadá e o México e simplesmente não fazer isso! O mesmo serve para o Distrito 13, ainda mais com a escassez de recursos que eles enfrentaram por 75 anos. E se tivesse alguém do outro lado da linha o Beete certamente iria achar! LOL

    PS: Remember remember the twenty third of March
    Brasília, surtos and gordice.
    I see no reason why Brasília, surtos
    Should ever be forgot…
    LOOOOOOOOL

  12. Allan disse:

    Jogos vorazes é uma receitinha de bolo.

    Ingredientes são: V de Vingança mais Battle Royale, 20 minutos no forno e tá pronto

  13. Raquel disse:

    Weeeeeeeeeeee que bom que vocês gostaram! Espero que todo mundo que prometeu ver o filme, veja mesmo, hein! Eu também nunca mais vou conseguir ver o filme sem pensar em THG xD

  14. Cam disse:

    Ó texto está otimo!
    Sou do time que acredita que existam outras nações e que elas mantêm contato com o governo de Panem, mas que a população nao sabe de nada. Acho que seria complicado que todos os outros tivessem morrido.
    A Suzanne deveria falar algo sobre isso para acabar com o mistério! Poderia escrever outra série sobre o tema.
    Eu fiquei muito intrigada com o final do 3° livro, queria saber melhor e em detalhes o que aconteceu com Panem.
    Nunca vi V de VIngança, mas deve ser interessante, tentarei alugar!
    Só uma pergunta: quando Plutarch fala sobre a origem do nome PAnem? não me lembro dessa parte!

    • Raquel disse:

      É uma parte que ele tá falando com a Katniss, e fala da política do “Pão e Circo”, que em latim é “Panem et Circenses”. Não lembro exatamente em que parte, faz tempo que li o 3º livro xD

  15. Aline Quadros disse:

    Acabei de ver e filme e vim ler. Fiquei vendo o filme tentando analisar também hahahaha e realmente da muito pra pensar que o livro e o filme se passam no mesmo universo. Muito bom o texto =D
    E recomendo o filme pra quem ainda não viu. MUITO bom.

  16. Sabrina Oliveira disse:

    QUE ANALISE P-E-R-F-E-I-T-A!!! Adorei parabéns!

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