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A passagem do tempo

Há pouco mais de um mês foi publicada, aqui no D13, uma matéria do The Atlantic Wire (você pode conferir o texto aqui) sobre os 50 anos da publicação do livro Uma Dobra no Tempo, não muito conhecido no Brasil, apontando a importância de Meg Murry, protagonista da obra, para a existência de Katniss Everdeen. Como isso acontece? Pelo fato de a narrativa de Madelene L’Engle, ter sido uma espécie de percussora dos livros YA (jovens adultos) a mostrar ficção científica para, especialmente, as garotas.

Ainda que se possa dizer que as duas personagens tenham suas semelhanças – como o texto da revista aponta e que falaremos mais para frente – as histórias e a maneira como são contadas são bem diferentes, muito provavelmente, pela diferença da época em que foram escritas (o livro de Madelene foi publicado na década de 1960).

Em Uma Dobra No Tempo encontramos Meg Murry, uma menina que mora nos Estados Unidos juntamente com sua mãe, uma cientista que mantinha um laboratório em casa e estava sempre realizando pesquisas e experimentos (aqui, vale dizer que o relacionamento entre mãe e filha é bem mais próximo e amigável, diferente do que acontece em Jogos Vorazes), e os outros três irmãos: os gêmeos Sandy e Dennys, que estavam vivendo suas próprias aventuras, e o caçula Charles Wallace, o mais diferente de todos (era bastante esperto e inteligente para uma criança de apenas cinco anos), mas era a pessoa mais próxima de Meg.

No momento em que a narrativa acontece, a vida de Meg não estava nada fácil: ela enfrentava dificuldades com algumas matérias na escola; se achava muito diferente dos demais (ela não tinha herdado a beleza da mãe, usava óculos e, ainda por cima, aparelho nos dentes); e seu pai estava desaparecido há quatro anos. A garota sentia muito sua falta, pelo fato de ele ser um grande companheiro, ensinando-lhe várias coisas, em especial, a matemática. Durante todos esses anos, a família ficou sem notícias e sem saber onde ele estava. A única certeza era que ele estava trabalhando, como cientista, em uma missão para o governo dos Estados Unidos.

Certo dia, Meg, Charles Wallace e Calvin O’Keefe – um colega de escola da garota, que era mais velho, fazia parte do time de basquete e era bastante popular – se veem em uma grande aventura no espaço para resgatar o pai dos dois irmãos. Quem os coloca em tal situação são as três “senhoras”, Whatsit, Who e Which, vindas de fora da Terra e que queriam que o Sr. Murry fosse encontrado (isso fazia parte de uma luta maior, contra a Coisa Negra que pairava sobre vários planetas).

Para chegarem ao seu destino principal, Camazotz – um lugar em que todas as pessoas eram iguais e felizes, comandadas por IT, um grande cérebro -, as personagens utilizavam o método de tesseract. Esse mesmo também era conhecido como dobra no tempo, que de certa maneira, era a ideia de viagem no tempo (não em mudança de época, mas a de deslocamento entre planetas, dentro da galáxia). Uma vez no planeta, Meg tem que encontrar maneiras de derrotar o líder local e recuperar suas duas pessoas queridas: o pai e o irmão (este acabou se tornando um prisioneiro de mente do IT).

Toda a história de Uma Volta no Tempo é contada de maneira fantasiosa, especialmente se comparada a de Jogos Vorazes (vale lembrar que o livro de Suzanne Collins é reconhecido pela sua grande proximidade com a realidade). O livro tem certo tom bem infantil, outra grande diferença entre as obras. Contudo, assim como nos três livros da trilogia de Collins, a obra aborda temas bem adultos, como ciência (razão de ele ser colocado como ficção científica) e política (vide a ideia um planeta em que a sociedade vivia de maneira igual e feliz, algo bem similar ao comunismo), os quais podem ter sido a causa das 26 rejeições para a publicação do livro.

No entanto, mesmo com suas diferenças, é possível observar as semelhanças, não entre as narrativas em si, mas entre as protagonistas, como a própria matéria da The Atlantic Wire aponta. Tanto Katniss quanto Meg realmente são jovens que se tornam heroínas contra a sua vontade (a primeira, com os acontecimentos dentro dos jogos e os posteriores; a segunda com a missão de resgate). Ambas tem grande amor pelos irmãos mais novos (Prim e Charles Wallece), estando dispostas a enfrentar qualquer coisa para protegê-los; assim como seus pais ausentes (no caso de Katniss, a situação era pior que a de Meg). As duas são duas protagonistas são ativas, ainda que Meg seja um pouco chorona e medrosa em alguns momentos, tomando a dianteira para tomar decisões. As jovens são, também, boas em atividades que normalmente são consideradas de meninos, como a caça (Katniss) e o gosto pela matemática (Meg). Por fim, elas se assemelham pelo fato de ambas terem problemas com autoridade (em Jogos Vorazes, a Capital e o Presidente Snow; e em Uma Dobra no Tempo, o IT, líder de Camazotz).

Se o livro (e protagonista) da escritora americana Madelene L’Engle é realmente o responsável por tornar personagens como Katniss Everdeen possível (aqui não se está levando em consideração o fato de Suzanne Collins dizer que tinha o livro como um de seus favoritos quando criança) é difícil de se afirmar. Contudo, não tem como se negar o fato de que ele realmente ajudou a abrir muitas portas, lá nos anos 60, para as heroínas (especialmente as de ficção científica); seja para as para as histórias para jovens adultos (que também atraem os adultos) do gênero ficção cientifica; ou mesmo para as mulheres escritoras do gênero. Desta forma, como leitores de Jogos Vorazes, devemos nosso obrigada à Madelene L’Engle e Meg!

13 de abril de 2012 às 21:00
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Comentários
  1. Larissa disse:

    Sabe um livro mt bom q ru li? 13 porquês de Jay Asher! É mt bom mesmo!

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